Era um rapazito, sabe-se lá como caíra ali. Via-se que aquela terra haveria de ser a sua perdição pois nada conhecia do mundo e nada o preparara para a violência da guerra, a insensibilidade: o corpo era tenro e o olhar era terno. Ele não sabia o que era a morte. Nunca lhe sentira o cheiro e depois daquilo nunca mais poderia viver sem pensar na morte. Foi isso que, meses mais tarde, vi nos olhos dele, as dedadas da morte, a sabedoria de que todos os homens se alimentam de morte, de que a nossa vida não é mais do que o domínio da morte.
Source: expresso.pt
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