20 anos dos prémios EDP. Um álbum de família que percorremos outra vez

O que têm em comum artistas como Lourdes Castro, Álvaro Lapa, Joana Vasconcelos ou Gabriel Abrantes? Na verdade, nada, ou quase nada, exceto o facto de terem sido alguns dos galardoados pelos prémios que a Fundação EDP instituiu há 20 anos como peça importante da sua então nova estratégia de intervenção corporativa no campo da arte contemporânea. Associados a um colecionismo consistente e a um programa de promoção de exposições no espaço da Central Elétrica, que haveria de culminar na criação do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), os prémios distinguiam, por um lado, uma carreira longa e significativa (Grande Prémio EDP) e, por outro, o percurso de um ainda jovem artista cuja qualidade importava diferenciar (Prémio EDP Novos Artistas).

Agora, o MAAT apresenta uma grande exposição que ocupa todo o espaço do museu reunindo obras dos 20 artistas galardoados num encontro de família. Inês Grosso, cocuradora da exposição com a catalã Rosa Lleó, dá o tom dessa aventura: "Começámos a preparar a exposição já em plena quarentena, com pouco tempo e fechados em casa, com alguns artistas espalhados pelo mundo, sem poderem voltar, mas percebemos rapidamente que não queríamos fazer uma retrospetiva dos prémios." Fazer uma exposição menos institucional é, pois, uma forma de evidenciar a vitalidade dos artistas que receberam os prémios e a capacidade de intervenção pública dessas distinções.

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Source: expresso.pt