Portugal regista este ano a segunda maior área atingida por incêndios florestais na União Europeia, com pelo menos 61 mil hectares ardidos, prejudicando as populações, os solos, os recursos hídricos e a saúde pública, segundo a associação Acréscimo.
Em comunicado esta sexta-feira divulgado, a Acréscimo – Associação de Promoção ao Investimento Florestal faz uma avaliação negativa do período de incêndios florestais deste ano, dado que Portugal passou da quinta para a segunda posição na área ardida, segundo os registos do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS, na sigla em inglês), que contabilizam os fogos com área ardida superior a 30 hectares.
A associação considera que os sucessivos registos de Portugal "evidenciam um elevado risco para as populações, colocando em causa a vida das pessoas, a saúde pública e a sua fixação em meio rural".
O forte impacto negativo no território, ao nível de conservação dos solos, dos recursos hídricos e da biodiversidade e ainda nas emissões de gases com efeito estufa "condicionando fortemente o investimento em silvicultura, designadamente na produção lenhosa".
Em 2019, Portugal ficou com o quinto maior registo de área ardida, com 34.661 hectares, atrás da Roménia, Espanha, França e Itália. Todavia, nesse ano Portugal registou a segunda maior área ardida num só incêndio em toda a União Europeia.
Ao nível das ocorrências, no período 2008-2019 e para os incêndios com área ardida superior a 30 hectares, Portugal e Itália destacam-se entre os países da UE, com uma média anual superior a 220 ignições. Para a associação, a avaliação efetuada pelo Governo, para a época de incêndios de 2020, "desvaloriza a influência meteorológica, a qual tem de ser encarada num espetro mais abrangente".
Uma avaliação comparativa, sobretudo ao nível dos Estados do sul da União Europeia evidencia os enormes problemas existentes em Portugal no que respeita aos tipos de uso e de ocupação dos solos.
"A estratégia até agora seguida, na atual e na anterior legislatura, em nada contribuiu para um menor risco no território, seja em termos ambientais, seja em termos sociais e económicos", consideram.
A Acréscimo apresenta-se como uma organização cívica, sem fins lucrativas, não confessional, cujo objeto é a promoção de negócios associados às atividades florestais, que sejam economicamente sustentados, ambientalmente sustentáveis e socialmente responsáveis.
Source: observador.pt
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